Pesquisa levanta dados sobre cadeia produtiva visando a exportação

A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro/PR) está realizando uma pesquisa sobre a cadeia produtiva da erva-mate. Liderada pela professora Daniele Ukan, o levantamento de informações tem como um dos maiores objetivos entender quais os produtos disponíveis atualmente para auxiliar na sua inserção no mercado, tanto nacional quanto internacional. Na fase inicial, o trabalho já começa com grandes aliados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.

A professora Daniele, engenheira florestal que trabalha na linha de erva-mate, visa aproximar diferentes entidades da cadeia produtiva através das informações reunidas no questionário. “Queremos levantar dados sobre a oferta e a demanda, além disso, dados sobre produtos inovadores”, explica ela. Os diversos produtos a base de erva-mate, de cosméticos a extratos, cápsulas emagrecedoras e chás, são uma das grandes apostas para inserção no mercado internacional.

Os dados servirão de base para buscar possíveis negócios e as propostas já estão ocorrendo. Um dos maiores consumidores de chá do mundo, os países árabes são um mercado em potencial para a erva-mate. E, para alegria do setor brasileiro, já demonstram interesse no produto. Atualmente, rodadas de negócios já ocorrem com produtores paranaenses, buscando aliados nos países do Oriente Médio.

Outras possibilidades de formalização de negócios devem ocorrer em breve na Expo Dubai, feira internacional que ocorre a cada 5 anos e tem sua próxima edição de outubro de 2021 a março de 2022. “Essa feira mostra para o mundo quais os produtos e novas tecnologias que existem”, conta Daniele. O Estado do Paraná participa do evento e, entre outros produtos, apresenta a erva-mate como aposta do futuro. “A estimativa é que 30 mil pessoas visitem a feira por dia, são 6 meses de feita e os materiais são mantidos por todo esse tempo. Queremos levar essa informação para o mundo”, conta ela.

A base de informações para a feira e outros possíveis negócios começa com o questionário, que também visa levantar dados sobre os gargalos do setor. Necessidades de treinamento, apoio ao comércio de produtos, além de aproximar produtores de novas tecnologias fazem parte do espectro de informações desejadas. Dificuldades de produção, colheita e ocorrência de pragas também constam na lista. “Para que tenhamos conhecimento do que ocorre no campo e de como a universidade pode contribuir com o setor”, ressalta.

Com um produto sustentável, que protege florestas, e saudável, Daniele vislumbra boas possibilidades de parcerias e vendas. “O mundo pede sustentabilidade e saúde. A erva-mate tem tudo. Queremos valorizar ela e levar ela para o mundo”, finaliza.

A pesquisa ainda está ocorrendo. Quanto mais participantes, mais informações para valorizar o setor. Para participar, basta clicar aqui. As respostas são enviadas diretamente à pesquisadora.

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